O SOMA é uma iniciativa do Movimento Encontrão que tem como objetivo acompanhar jovens líderes de comunidades de todo o Brasil. Essa jornada envolve compartilhamento, conexão, presença construtiva, com alvos previamente estabelecidos e preza pela troca de experiências, crescimento e “preparação para toda a boa obra” (2 Timóteo 3.17).



O que muda para o movimento missionário brasileiro com o novo governo a partir de 2019?



Ambos os lados se satanizavam. Ou, o Brasil se tornaria comunista, Venezuela, ou, neofascista. A possibilidade de democracia forte com as suas instituições estabelecidas, preservando o estado de direito, parecia não ser possível. Sugeriam que cairíamos numa tragédia.
Venceu aquele que, inicialmente, tinha menos chance, ainda que tenha sempre liderado as pesquisas. Bolsonaro, portanto, é o nosso Presidente. Foi eleito com apoio expressivo dos evangélicos. E, com considerável influência da bancada evangélica na nomeação de alguns ministros. O “nós e ele” e o “ele e nós”, estão entrelaçados. Bem, isso afeta o nosso testemunho missionário no Brasil e até os confins da terra?
Assim como o resultado eleitoral foi surpreendente, qualquer resposta aqui é uma possibilidade hipotética. Mas, vamos lá nesse exercício de previsão
Primeiro, os erros e acertos do novo governo serão associados aos evangélicos. Principalmente, associados aos pastores que saíram em campanha. Nesse sentido, perdemos a neutralidade que permitiria denúncias. Talvez, tenhamos um preço a pagar por termos deixado a tradição protestante, de como pastores, de não declarar voto. A impressão que tenho, que membros de igreja optaram mudar de congregação à luz da opção política do seu pastor. Ou, à luz de sua militância mais aguerrida. Portanto, a política afetou a comunhão, o pastoreio e o testemunho.
Segundo, a belicosidade da campanha. Pastores envolvidos nas posturas mais agressivas, possivelmente provoca desconforto no dialogar com os evangélicos. Diálogo presume civilidade.
Terceiro, a militância belicosa evangélica à esquerda, ou à direita, ressaltou diferenças irrelevantes para o testemunho. Ou seja, apesar das diferenças periféricas, a unidade no essencial, Jesus, ficou em segundo plano. Como disse John Wesley:”No essencial, unidade; nas diferenças, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. Não parecia haver liberdade para as diferenças secundárias. Era como se unidade cristã dependesse de uniformidade partidária.
Quarto, o novo governo sinaliza alinhamento com a política externa americana. Possivelmente, uma das razões pelas nações falarem que amam o Brasil, ou os brasileiros, além de futebol e carnaval, seja a neutralidade da diplomacia brasileira, respeitando a soberania dos povos. Nesse contexto, talvez experimentaremos como brasileiros no exterior, missionários ou não, um aumento do grau de antipatia, o qual terá efeito nos relacionamentos necessários para o testemunho. Um certo ódio aos americanos, poderá ser um certo ódio aos brasileiros.
Quinto, ligado ao item anterior, a mudança da Embaixada Brasileira para Jerusalém. Talvez, seja um vespeiro a evitar. Não sabemos ao certo, mas certamente algum efeito terá no relacionamento entre brasileiros e muçulmanos.
Sexto, estamos alinhados com a moralidade evangélica tradicional quanto a defesa da vida, casamento monogâmico heterosexual, contra ideologia de gênero e contra erotizar crianças, o que seria fora de nossas convicções. Esse alinhamento, porém, não pode ser visto como imposição com ódio a toda a sociedade, pois até o Senhor permite que cada um ande nos seus caminhos. Afetará o nosso testemunho se as pessoas nos virem como impositores, e não anunciadores e demonstradores de um convite. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mateus 11.28).
Sétimo, a presença de Sérgio Moro como Ministro da Justiça, como símbolo de combate a corrupção, e como entusiasta das 70 medidas contra a corrupção, os quais foram desenvolvidas pela Transparência Internacional e Fundação Getúlio Vargas, deve ser um ponto a favor ao testemunho evangélico. Nesse processo, evangélicos corruptos também serão pegos, e isso será bom. É bom sermos vistos como favoráveis a integridade.
Qualquer que fosse o resultado das eleições, haveria consequências para o nosso testemunho na sociedade. Acima ressalto somente uns pontos aos quais deveremos estar atentos. Na verdade, queremos e devemos remover todos os escândalos à fé, menos o escândalo da cruz. “Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.” (1 Coríntios 1.23).
FONTE: Aliança Cristã Evangélica Brasileira (clique aqui)



Being church
Being church in urban areas like Curitiba is a great challenge. Church is, in its core, all about strengthening relationships, bringing people closer to each other and to the cross of Christ while, by developing intimacy, these people are transformed and transform each other.



O que significa “ser igreja”?
Ser igreja em um contexto urbano como Curitiba é um grande desafio. Igreja, em sua essência, é o estreitar relacionamentos, aproximar pessoas umas das outras e da cruz de Cristo, ao mesmo tempo que, ao desenvolver intimidade, essas pessoas são transformadas e transformam umas às outras.
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1º encontro SOMA turma 3
O SOMA é uma iniciativa do Movimento Encontrão que tem como objetivo acompanhar jovens líderes de comunidades de todo o Brasil. Essa jornada envolve compartilhamento, conexão, presença construtiva, com alvos previamente estabelecidos e preza pela troca de experiências, crescimento e “preparação para toda a boa obra” (2 Timóteo 3.17).