O nosso Movimento começou com pequenos encontros de discipulado e estudo bíblico nas casas. Esses grupos começaram a crescer e mais casas foram necessárias para acolher todas as pessoas que o Espírito Santo estava acrescentando no Reino de Deus.

Reflexões sobre a cultura em Trondheim
Bem-vindos a Trondheim, cidade localizada no condado de Trøndelag, ao centro da Noruega e ao norte da capital do país: Oslo. Para aqueles que chegam a Noruega pelo Sul podem achar que Trondheim fica no extremo norte, porém para cima ainda há muita Noruega para se ver.
Sendo a terceira maior cidade do país, Trondheim é considerada uma cidade de estudantes, inovadora e a capital do conhecimento, isso porque abriga a maior universidade norueguesa, a Universidade de Ciência e Tecnologia (NTNU). Desse modo, a sua cultura está muito ligada a experiencia dos estudantes, ou seja, é uma cidade jovem e cheia de vida com diferentes eventos acontecendo todos os dias. Desde que
chegamos a Praça Central sempre está movimentada, seja com exibição de produtos rústicos, apresentações de orquestras, shows para os estudantes e agora temos a feira de Natal.
Trondheim possui uma diversidade cultural
de diferentes costumes da própria cultura norueguesa,
porque cada região do país tem suas
peculiaridades como os dialetos diferentes.
A grande maioria dos noruegueses que conheci não são nascidos ao redor da região de Trøndelag, vieram para cidade por trabalho ou estudo. Com isso, Trondheim possui uma diversidade cultural de diferentes costumes da própria cultura norueguesa, porque cada região do país tem suas peculiaridades como os dialetos diferentes. A diferença na forma de comunicação não é um empecilho no relacionamento entre noruegueses, acredito que o desafio seja maior para imigrantes que tomam um tempo maior para se adaptar ao dialeto dependendo da região que está vivendo.
A Noruega é um país aberto e receptível, no dia-dia é perceptível a presença de culturas diferentes dos costumes tradicionais noruegueses. Seja pessoas falando em línguas diferentes na rua, vestimentas, formas de comunicação e até nos restaurantes “noruegueses” que encontramos pela cidade (que são os famosos restaurantes tailandeses, árabes, chineses e indianos). É uma mistura de aroma e sabor. Enquanto a parte gastronômica já faz parte da sociedade, a parte de relacionamento entre a cultura local e a imigrante não se misturam tanto como no Brasil, as diferenças ainda são nítidas.
Aqui em Trondheim fazemos parte de uma organização chamada KIA (Kristent Interkulturelt Arbeid), é um espaço que todos os imigrantes podem participar, tomar um cafezinho, ter aula de norueguês e pedir ajuda nas tarefas de casa (seja da escola ou faculdade). A organização conta com ajuda de voluntários que ajudam com diferentes atividades, como auxiliar os imigrantes e refugiados a preencher documentos para dar início a vida norueguesa.
Nas aulas de norueguês sinto muito apoio para aprender a língua,
é um meio que você perde o medo de tentar falar o norueguês,
independente da pronúncia ou se está falando
corretamente, lá todo mundo se ajuda.
O trabalho com o KIA é algo que me surpreendeu muito, é uma base de apoio para aqueles que chegam de paraquedas em uma cultura tão diferente. O ambiente é acolhedor e seguro, tanto da parte dos voluntários como dos participantes. Nas aulas de norueguês sinto muito apoio para aprender a língua, é um meio que você perde o medo de tentar falar o norueguês, independente da pronúncia ou se está falando
corretamente, lá todo mundo se ajuda. Além de quarta-feira que é o dia da aula norueguês, passo lá sempre que consigo, a organização realiza vários eventos justamente para estimular esse relacionamento entre pessoas de culturas diferentes.
Quando vim para Noruega achei que teria uma imersão somente da cultura norueguesa, não imaginei que teria a oportunidade e experienciaria tantas outras culturas. O KIA é um lugar incrível e sempre me admiro com o fato de ter pessoas de tantos lugares diferentes do mundo, compartilhando histórias e aprendendo a viver na cultura norueguesa. O projeto traz segurança para quem está chegando, principalmente com o encorajamento de criar um relacionamento entre as culturas, sentir suporte de pessoas que já estiveram no nosso lugar e dos próprios voluntários, é uma troca de experiencia tanto para os noruegueses como para nós que viemos de tão longe.
As culturas só se comunicam quando as pessoas
se dispõe a comunicar entre elas.
Como colocado por Øyvind Dahl no livro “Culture and intercultural communication”, as pessoas levam consigo sua cultura quando se mudam para outro país ou viajam para um intercâmbio, como este que estamos agora e a cultura se encontra quando as pessoas se encontram. Até agora a experiência nos relacionamentos em Trondheim tem sido muito positiva e tenho vivenciado esse encontro com pessoas e suas culturas, afinal as culturas só se comunicam quando as pessoas se dispõe a comunicar entre elas.
Por: Taís Fontes
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O nosso Movimento começou com pequenos encontros de discipulado e estudo bíblico nas casas. Esses grupos começaram a crescer e mais casas foram necessárias para acolher todas as pessoas que o Espírito Santo estava acrescentando no Reino de Deus.