Neste ano lembramos e celebramos os 60 anos desde a primeira evangelização na comunidade Ascensão, em Novo Hamburgo/RS. Recordamos o agir poderoso de Deus ao realizar entre nós um avivamento que redundou em um movimento hoje denominado “Movimento Encontrão”. Louvamos ao Senhor pela vida de inúmeros discípulos que Ele tem levantado e usado para cumprir sua missão entre nós, tais como John e Ruth Aamot, que foram chamados pelo Pai, nos deixando saudades e um enorme legado. Seguimos em frente, em obediência ao chamado de sermos e fazermos discípulos através de várias frentes.ser recontratada pela nova instituição.

O quebra-cabeças do Reino de Deus
set 22, 2022 | Artigos, Intercâmbios
Existe um sentimento sobre viver em outra cultura que não é muito falado. É uma sensação de que não sabemos mais exatamente onde pertencemos. Um sentimento que vem do fato de que agora, sendo exposta a tantas possibilidades e modos de viver, e encontrando coisas familiares e tão diferentes nos outros e em mim mesma, que pertencer à algo específico já não parece mais uma opção.
Nessas ultimas semanas tivemos aulas incríveis, introdução a compreensão transcultural, ao desenvolvimento sustentável, ética e fé cristã, comunicação e “advocacia”. E, entre tantas coisas que ficaram marcadas em mim, uma das mais impressionantes está no fato de que agimos de maneiras muito diferentes baseado na assimilação cultural e no local que vivemos. Um dos livros do nosso currículo que fala sobre isso é o “Foreign to familiar: A Guide to Understand Hot – and Cold Climate Cultures” (tradução livre: Estranho ao familiar: um guia para compreender culturas frias e quentes); Sarah A. Lanier.
O livro parte do pressuposto e generalização de que o mundo é dividido em dois tipos de culturas: as frias e as quentes. Nas frias, como o norte europeu, norte dos estados unidos, Israel… prevalece um tipo de comportamento como como a comunicação direta e a orientação para tarefas enquanto nas quentes, como as Américas e a Rússia, prevalece a comunicação indireta e a orientação para relacionamentos e pessoas.
Apesar de não gostar muito de generalizações porque elas podem nos colocar em caixinhas – o que não funciona muito bem porque somos todos humanos com várias particularidades – , o livro ajuda a ter um panorama geral de como nos comportamos e por quê fazemos o que fazemos. Na leitura até aqui, fui confrontada algumas vezes com a forma como me posiciono no mundo ou deixo de me posicionar e me senti em conflito interno também. Perceber que existem tantas nuances em mim e em todos nós que nos tornam tão únicos pode ser overwhelming (“muito pesado”) e até mesmo solitário.
Mas então, vem uma verdade que muda tudo.
Hoje (28/09) assisti meu primeiro culto em Norueguês. Uma intercambista norueguesa traduziu pra mim e sem ela, eu não entenderia nada (Tusen takk, Siri). A forma como o culto aconteceu foi bem diferente do que estou acostumada, com 40min de avisos + ceia e então uma pausa para começar de fato a pregação. Somos tão diferentes!!
Mas quando começou a pregação, de repente, algo mudou. Não éramos mais noruegueses, brasileiros, africanos ou colombianos, éramos um. De alguma forma o Espírito de Deus se faz presente e eu pude ver que, nEle, éramos um só. Ouvimos sobre a mulher samaritana, compartilhamos testemunhos e histórias que vivenciamos e nos emocionamos. Juntos.
… Diante disso, me fica o pensamento: Quem sabe não são todas essas diferenças que nos tornam tão únicos, que tornam o mundo o que ele é? O que mudaria se todos nós entendêssemos isso? Quase como peças de um quebra cabeças, entendo que precisamos uns dos outros, que Deus nos criou também com diferenças. E é isso que quer dizer o Corpo de Cristo (1 Co. 12:27; Rm 12: 4-5; Ef 4:4). Eu preciso da comunicação direta de outros países da mesma forma que eles precisam do nosso toque acolhedor brasileiro. Nós precisamos daquela pessoa extrovertida que vai ajudar a criar momentos e memórias incríveis da mesma forma que eles precisam dos introvertidos pra lembrar que precisam do descanso.
Bom, até aqui o intercâmbio já tem me ensinado mais do que eu poderia planejar! Em duas semanas partiremos para nossos estágios e me sinto animada por tudo o que vamos poder aprender nesse imersão em uma nova cultura. Até logo 🙂
Fique por dentro do que acontece no ME!
“pois nele vivemos, nos movemos e existimos…”
jul 7, 2025 | Notícias
Neste ano lembramos e celebramos os 60 anos desde a primeira evangelização na comunidade Ascensão, em Novo Hamburgo/RS. Recordamos o agir poderoso de Deus ao realizar entre nós um avivamento que redundou em um movimento hoje denominado “Movimento Encontrão”. Louvamos ao Senhor pela vida de inúmeros discípulos que Ele tem levantado e usado para cumprir sua missão entre nós, tais como John e Ruth Aamot, que foram chamados pelo Pai, nos deixando saudades e um enorme legado. Seguimos em frente, em obediência ao chamado de sermos e fazermos discípulos através de várias frentes.ser recontratada pela nova instituição.