Neste ano lembramos e celebramos os 60 anos desde a primeira evangelização na comunidade Ascensão, em Novo Hamburgo/RS. Recordamos o agir poderoso de Deus ao realizar entre nós um avivamento que redundou em um movimento hoje denominado “Movimento Encontrão”. Louvamos ao Senhor pela vida de inúmeros discípulos que Ele tem levantado e usado para cumprir sua missão entre nós, tais como John e Ruth Aamot, que foram chamados pelo Pai, nos deixando saudades e um enorme legado. Seguimos em frente, em obediência ao chamado de sermos e fazermos discípulos através de várias frentes.ser recontratada pela nova instituição.

Experiência com a cultura norueguesa em Oslo
dez 9, 2021 | Artigos, Intercâmbios
São exatos dois meses desde que saímos do Hald e começamos nosso período de estágio. Cada um foi para o seu canto: norueguêses se espalharam pelo mundo e nós, internacionais, pela Noruega. Como você já deve saber, os brasileiros do Connect estão divididos em duas cidades: Trondheim e Oslo. Trondheim, da famosa e imponente Catedral de Nidaros, cidade que foi capital da Noruega na Era Viking. E Oslo, a atual capital, centro econômico e político do país, moderna, provocativa e inovadora, do Parque Frogner e do novo Museu Much – inaugurado mês passado aliás!
Estávamos todos ansiosos e animados para começar nosso trabalho,
dar um boost no aprendizado do norueguês e experimentar
a cultura do país que nos adotou por um ano.
Ao menos eu estava. É difícil passar
um mês e meio no Hald e não sair animado com essas coisas.
Mas aí eu vim pra Oslo. E as casinhas vermelhas de madeira ao redor dos fiordes no litoral deram lugar aos prédios de tijolos ou de metal; as ruazinhas tortas e estreitas de calçamento foram substituídas por avenidas movimentadas entrecortadas por bondes e sinaleiras; e ao invés de passarmos pelo Matkroken quando íamos passear, nos acostumamos a circular o Palácio Real, o Teatro Nacional e o Parlamento. É tudo tão urbano, tão moderno, tão agitado, tão… não norueguês.
Eu e o Léo estamos trabalhando numa igreja aqui, a Oslo International Church, que, como o nome já diz, é internacional. Não é a norske kirke. É uma igreja diferente, de língua inglesa, com um pastor brasileiro e com gente de tudo que é canto do mundo. Isso foi outra coisa que me golpeou pesado porque ia na contramão das minhas expectativas.
Eu queria experimentar a cultura e a língua.
Acredito que isso é importante no processo do intercâmbio.
E eu sabia que Oslo seria diferente das outras cidades.
Eu sabia que poderia me frustrar.
E foi isso que aconteceu… num primeiro momento.
Como eu vou experimentar a cultura norueguesa quando divido apartamento com um brasileiro, moro numa região de imigrantes paquistaneses, frequento uma igreja internacional e tenho praticamente todas as minhas atividades com internacionais? A gente nem fala norueguês aqui! Essas coisas passam toda hora na minha cabeça. Talvez ficar em Oslo seja perfeito pra outra pessoa. Mas não é pra mim. Era a única cidade pra a qual eu não queria vir, já que eu sabia que seria assim. Oslo é uma megalópole européia, não é uma típica cidade norueguesa.
Mas tinha algo que eu não sabia. Eu não sabia que as pessoas aqui seriam tão legais e fariam tanta diferença. De verdade, eu não queria vir pra Oslo, e agora, não quero ir embora. E ter que dizer adeus às pessoas que conheci aqui daqui a alguns meses já é uma ideia que me preocupa hoje.
- “Você consegue perceber pelo meu dialeto que eu sou da região de Stavanger?”
- “Você já provou Julebrus (refrigerante de Natal)? O MELHOR é o de Lillehammer, da minha região!”
- “Você tem que comprar esse queijo aqui! Todo norueguês sabe que esse é o queijo certo!”
- “Sim! Nós adoramos acender essas velas e criar um ambiete aconchegante. Nós temos um conceito pra isso: koselig.”
- “Você sabe tricotar?”
- “Ah! No Natal minha família sempre faz Pinnekjøtt. É tradicional do oeste da Noruega, e minha família é de lá.”
- “É estranho, eu sei. Mas noruegueses comemoram o Natal no dia 24 e não no dia 25. Isso é porque na escuridão do inverno…”
- “This is a Moca Master. Every norwegian must have at least one Moca Master. We have two.”
Essas são coisas que eu ouço toda a hora e adoro escutar as pessoas contando sobre suas tradições familiares ou preferências regionais. Sempre que o assunto desemboca nesse tema eu faço de tudo pra evitar que alguém consiga mudar de assunto (heheh). Ouvir pessoas é muito mais legal do que ler coisas em placas ou páginas esquecidas.
Estou aprendendo que Oslo é Noruega também.
Não é a Noruega da Era Viking ou da união com a Dinamarca.
É a Noruega de hoje, bem no centro das discussões
sobre identidade, imigração e desigualdade econômica.
É desafiador apreciar e aprender sobre a cultura norueguesa em Oslo. É desafiador porque questiona os nossos preconceitos sobre “pureza cultural”, sobre identidade nacional e sobre o que é norueguês afinal de contas.
A gente não experimenta muita coisa em primeira mão. Mas a gente fala sobre. A gente pergunta. A gente depende do que as pessoas nos contam. E elas contam histórias maravilhosas. E quer saber? Talvez seja um privilégio poder experimentar e aprender sobre a cultura através de pessoas, porque fatos e informações nós aprendemos e esquecemos, mas pessoas, pessoas nos marcam e deixam memórias para o resto da vida.
Por: Sidinei Schmidt
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“pois nele vivemos, nos movemos e existimos…”
jul 7, 2025 | Notícias
Neste ano lembramos e celebramos os 60 anos desde a primeira evangelização na comunidade Ascensão, em Novo Hamburgo/RS. Recordamos o agir poderoso de Deus ao realizar entre nós um avivamento que redundou em um movimento hoje denominado “Movimento Encontrão”. Louvamos ao Senhor pela vida de inúmeros discípulos que Ele tem levantado e usado para cumprir sua missão entre nós, tais como John e Ruth Aamot, que foram chamados pelo Pai, nos deixando saudades e um enorme legado. Seguimos em frente, em obediência ao chamado de sermos e fazermos discípulos através de várias frentes.ser recontratada pela nova instituição.