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O nosso Movimento começou com pequenos encontros de discipulado e estudo bíblico nas casas. Esses grupos começaram a crescer e mais casas foram necessárias para acolher todas as pessoas que o Espírito Santo estava acrescentando no Reino de Deus. 

Tenha esperança por algo que não te decepciona

dez 16, 2019 | Artigos

Natal e fim de ano são datas em que, geralmente, associamos à esperança. Mensagens com o tema são muito frequentes. Afinal, a maioria de nós espera um ano novo melhor, com mais saúde, sonhos realizados, dinheiro. Para muitos, o início de um novo ano é um sinal de esperança renovada.

Todos nós temos esperança. Sempre esperamos alguma coisa. Isso é fato. Até aquele que afirma não ter esperança em nada, espera conseguir o que quer. Não há, portanto, como escapar do desejo de ter nossos desejos atendidos. Isso é parte da nossa natureza. No entanto, quando a esperança não é correspondida de acordo com o que queremos, ficamos decepcionados. Às vezes, sentimento de impotência, desespero e medo voltam a fazer parte do nosso dia a dia. E, depois de muito tempo presos no ciclo “esperar-e-não-ser-correspondido”, a tendência é não acreditar mais em uma esperança “positiva”. Simplesmente, não esperamos que algo bom ainda possa acontecer.

O grande problema não está na esperança em si, mas sim onde a depositamos.

Deixe-me ilustrar com a história do britânico Pete Best. Ele fez parte da primeira formação de uma banda bem conhecida, formada por garotos bonitos com cortes de cabelos bem peculiares. Best, no entanto, não era do tipo “engomadinho”, pelo contrário. Tinha um estilo rebelde e charmoso que logo chamou a atenção das garotas, que lotavam o clube onde a banda tocava. Pete logo se tornou o mais popular dos quatro componentes. Depois de mais de dois anos tocando juntos, criando, gravando e enviando suas músicas para gravadoras, os “amigos” decidiram demitir Pete. A banda diz, até hoje, que a qualidade dele era duvidosa. Essa afirmação até que colaria se não conhecêssemos o seu substituto. Enfim, rumores e mais rumores. O fato é que, semanas depois de ser demitido, Best testemunhou, de longe, seus antigos amigos estourarem no mundo inteiro no fenômeno que ficou conhecido como Beatlemania. Os Beatles ficaram famosos e multimilionários e, sem Pete Best, é a banda mais influente da história da música mundial até hoje.

Como um tradicional britânico, Pete fez o que era esperado: se afundou na bebida. Virou alcoólatra. Por não conseguir lidar com o desapontamento e, porque não dizer traição, tentou suicídio. Passou anos na sarjeta, alimentando aquele sentimento de raiva e rancor a cada gole, esperando nada além da morte. Best depositou sua esperança na qualidade daquele grupo e no sucesso inevitável que a banda teria. Ele estava tão certo disso que, por longos anos, não conseguiu lidar com a vida real.

Imagine você sendo escolhido para uma posição de evidência. Algo que deixaria você a frente de outras pessoas, até mesmo “por cima” delas. Imagine o sentimento de satisfação que isso traria. Sentimento de “consegui o que queria”. Creio que esta poderia ter sido a mesma sensação de Pete. Caramba! Ser incluído entre os famous-four de Liverpool! Imagine o que aquela “posição” teria significado para ele. Mas…

Qual teria sido a sua reação? Ficaria frustrado? Desapontado?

Talvez você possa dizer que, numa situação dessas, seria absolutamente aceitável ficar desapontado. E, afinal, não há problema algum em sentir-se assim. Não é errado. Será?

Sim, é errado. É errado porque os sentimentos de frustração e decepção estão arraigados no meu orgulho próprio, naquilo que eu quero e desejo. Ao me sentir dessa forma, eu estou duvidando de que aquele que foi crucificado e morto pelo meu pecado e “me chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9) realmente quer o melhor para mim (Rm 8.28). A decepção expõe minha ambição egoísta.

A decepção que sentimos quando algo que esperamos não acontece está arraigada no desejo frustrado de glória pessoal.

Nossa resposta de “decepção” pode até ser entendida como natural por conta de nossa natureza caída, mas ela não é neutra. Ela não é vaga, nem independente. Decepção tem raízes diretamente conectadas com algo no qual cremos.

De novo, o problema não está na esperança em si, mas onde depositamos ela.

Neste Natal, quero desafiar você a colocar a sua esperança em quem não vai te decepcionar: Jesus.

Colocar nossa esperança nele é a única garantia de sermos correspondidos. Não por nossos próprios méritos, mas porque é uma promessa de Deus para cada cristão. Depositar nossos desejos e vontades em Cristo é a única maneira de não sermos decepcionados. Só Ele é a esperança que não decepciona.

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5.1-5).

Jonatan Neumann
Coordenador de Ministérios ME 

 

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