O nosso Movimento começou com pequenos encontros de discipulado e estudo bíblico nas casas. Esses grupos começaram a crescer e mais casas foram necessárias para acolher todas as pessoas que o Espírito Santo estava acrescentando no Reino de Deus.

Descanso
Basta apenas entrar em alguma das redes sociais para percebermos que, apesar da pandemia, nós não paramos. Lives, vídeos e cultos nos bombardeiam com conteúdos. Em conversas, as frases “estou trabalhando muito mais do que estava antes”, “não tenho tempo para minha família”, “não estou vendo os dias passarem” aparecem com frequência. Aquilo que se mostrava uma grande oportunidade para melhorarmos a vida com Deus, se tornou o maior problema dela.
Ao contrário de nós, Deus não é workaholic. Gênesis mostra Deus trabalhar na criação por seis dias, e no sétimo descansar. Em seu trabalho, Deus não se enche de ansiedade ou remorso com as tarefas que tem a fazer – nem mesmo quando a criação é desperdiçada pela humanidade. Na verdade, o que encontramos nas Escrituras é um Deus criativo que, além de descanso, dá liberdade a sua criação.
No mesmo velho testamento, o povo de Israel foi convidado a experimentar o mesmo descanso aos sábados. Após seis dias, era hora de deixar de lado as tarefas e a sensação de atraso para relembrar os limites da própria humanidade. Era tempo de deitar a cabeça no travesseiro e recordar que a vida e o mundo não são criação humana, mas pertencem ao Criador.
Por alguma razão, trocamos o descanso para vivermos conforme nossa cultura de trabalho, propondo uma adoração baseada no ativismo. Esquecemos, porém que o descanso diz não ao ritmo que apaga nossa identidade e suga nosso tempo. Assim como a adoração, o descanso nos conecta diretamente com o coração de Deus. Somos jogados para um novo lugar, onde finalmente baixamos nossa guarda, deixando de lado o que achamos saber sobre a vida. Na adoração e descanso, somos lembrados que, por maior que seja nossa paixão pela missão, ela é de Deus. A Ele pertence o mundo, a Igreja e a nossa vida.
Nessa quarentena, portanto, temos a oportunidade de parar. É hora de nos reconciliarmos com nosso chamado, de meditarmos na Palavra e deixarmos Deus fazer sua obra; em nós e no mundo. É hora de olharmos para a cruz, e junto com o salmista confessarmos: “Não confio em meu arco, minha espada não concede a vitória. (…) Em Deus nos gloriamos o tempo todo, e louvaremos o teu nome para sempre.” Salmo 44: 6-8
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Fernando Berwig
Formado em música. É membro da Comunidade do Redentor. Mora em Curitiba/PR
Foto: Anton Darius (unsplash)
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O nosso Movimento começou com pequenos encontros de discipulado e estudo bíblico nas casas. Esses grupos começaram a crescer e mais casas foram necessárias para acolher todas as pessoas que o Espírito Santo estava acrescentando no Reino de Deus.