Tivemos a Assembleia da NMS na qual, eu e Edson participamos. Talvez mais do que o ME, a Sociedade Missionária Norueguesa passou por muitas mudanças nos últimos anos. Mas, nesses dias, se mostra reorientada, retomando bons costumes e consolidando inovações para o bem da missão. É impressionante a capacidade dessa instituição parceira de alimentar e mobilizar a cultura missionária!.
A Igreja ainda vive o Pentecostes?
jun 9, 2019 | Artigos
O que aconteceu em Pentecostes significa o cumprimento de uma promessa de Jesus. Em Atos 1.8 Jesus nos disse que Ele mesmo capacitaria aqueles que iriam segui-lo para que então essas pessoas cumprissem um propósito e uma missão especial. Em Atos 2 nós percebemos que Jesus cumpre essa sua promessa concedendo o Espírito Santo àqueles discípulos que estavam ali reunidos. Eles percebem o agir desse Deus, quando sobre eles repousa o Espírito Santo e a partir disso começam a falar sobre as maravilhas do Senhor na língua de todos aqueles povos que estavam em Jerusalém reunidos. É isso que aquelas pessoas de repente percebem.
É interessante observar que em Jerusalém naquele momento estavam representados vários povos de várias regiões do mundo conhecido e essas pessoas vinham para uma festa específica em Jerusalém. Essas pessoas eram todas judias, só que cada uma dessas pessoas falava a sua língua originária da cidade ou da região de onde vinham. Eram judeus, falavam certamente aramaico ou hebraico, entendiam a língua do culto – a língua da teologia da época – mas a sua origem étnica/linguística era outra, era uma língua dos povos com os quais eles conviviam.
Naquele momento em que os judeus estão em Jerusalém para uma festa específica, eles ouvem os discípulos de Jesus, capacitados pelo Espírito Santo, falarem sobre as maravilhas de Deus, sobre o Evangelho, ouvem falar a respeito de Jesus na língua originária do lugar de onde eles haviam saído. E nesse momento se percebe que o nascimento da Igreja está unido a algo bem especial e que é a função da Igreja: anunciar a todos os povos a vontade do Senhor. Ou seja, na data de nascimento da Igreja o que nós temos é a expressão maior do que a Igreja é chamada a vivenciar. Ela nasce com um sentido e um propósito específico: anunciar as maravilhas do Senhor na língua de todos os povos. E para isso os discípulos são capacitados pelo agir do próprio Espírito Santo, cumprindo a promessa de Jesus. Não depende de nós, depende de agir do Espírito Santo em nós. É ele que nos concede esse poder de anunciar em todas as línguas o que o próprio Deus quer para os povos.
Quando nós nos envolvemos naquilo que é a função específica e tarefa da Igreja é o próprio Deus que vai nos capacitar a anunciar em línguas e formas tão diversas as maravilhas de Deus. A questão é que não são só apenas línguas distantes. No nosso contexto cultural, mesmo no Brasil que fala uma única língua, há formas, tribos, pessoas e linguagens diferentes, com estilos diferentes de vida e formas diferentes de vivenciar a sua existência. O desafio de pentecostes para nós continua sendo esse: traduzir para a linguagem das pessoas do nosso tempo, onde nós convivemos, as maravilhas de Deus, ou seja, o Evangelho. Esse desafio é tanto para quem vai para outro país, que tem que aprender uma outra língua e que precisa ser capacitada pelo próprio Deus para isso, mas também para cada um de nós que convive com pessoas no local onde está, falando a língua nativa, o nosso português; mas quantas são as tribos que estão ao nosso redor, quantas pessoas que tem uma forma diferente de se relacionar e viver a sua vida; também para essas nós somos desafiados a anunciar o Evangelho. E como fazemos? Da mesma forma como Atos 1.8 nos prometeu: com o poder do Espírito Santo e Atos 2 nos mostra que é o próprio Deus quem nos capacita para isso. Nós, no lugar onde estivermos somos capacitados pelo Espírito Santo para anunciar as maravilhas de Deus na linguagem das tribos do nosso tempo.
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Renato Raasch
Diretor da FATEV
Foto: Pexels
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por Renato Raasch
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Assembleia NMS 2023
jul 4, 2023 | Artigos, Intercâmbios
Tivemos a Assembleia da NMS na qual, eu e Edson participamos. Talvez mais do que o ME, a Sociedade Missionária Norueguesa passou por muitas mudanças nos últimos anos. Mas, nesses dias, se mostra reorientada, retomando bons costumes e consolidando inovações para o bem da missão. É impressionante a capacidade dessa instituição parceira de alimentar e mobilizar a cultura missionária!.